Eu sei que estou no caminho certo qdo estas coisas surgem:

E-mail recebido por Orias Elias, companheiro de trabalho de tantos anos, que já a esta altura da vida, é muito,muito mais que isso:

Antes de mais nada, minha esposa Akemi Sakurai César e eu agradecemos a seu carinhoso convite para assistirmos  a "Os Ossos do Barão". Nosso prazer foi triplo: assistir à peça com atores / atrizes todos muito bem; rever, depois de um bocado de tempo, nossa querida amiga Débora Muniz  e ver no palco um ator seguro, maduro, criativo fazendo, ou melhor, vivendo Egisto Ghirotto, que lá na minha distante mocidade assisti interpretado por Otelo Zelloni, se não me falha a memória no Teatro Maria Della Costa, então o melhor de São Paulo.

Cá entre nós, que ninguém nos ouça: Akemi  e eu  poucas vezes vimos um ator jogar tão bem com o corpo e, principalmente,  com o olhar em cena. 

Um aspecto curioso: assistimos a sei lá quantas peças juntos, mas sinto dizer que, em boa parte delas,  a gente vê  em cena o ator e não o personagem. Desta vez, não existia Orias Elias no palco, mas Egisto Ghirotto. Mais ainda: sou pai e o carinho com que Egisto trata o filho Martino (muito bem feito pelo Cadú Camargo, a quem tivemos o prazer de conhecer), que vai muito além do que está no texto, me comoveu um bocado...          

        Renovo os meus agradecimentos pelo seu amável convite. Repito que foi um enorme prazer assistir a seu pessoal em cena e você interpretando, ou melhor, vivendo em palco Egisto Ghirotto.

        Aceite meus votos de permanente sucesso no PALCO e na VIDA, principalmente na VIDA... Retifico a frase que acabo de digitar: Orias, aceite os meus votos na VIDA e no PALCO, ou seja, em ambos já que pra gente como a gente VIDA E PALCO são uma coisa só.

FRATERNALMENTE

 Murilo D. César

P.S.: Akemi pede que acrescente as palavras que ela acaba de me dizer: "Orias, você é meio mágico já que "desaparece" no palco, onde, de repente, a gente não te vê mais, mas vê sim  ora  um judeu, ora  um rei meio doido... Ontem só vi o Orias depois da peça, no palco vi um italiano carcamano, que me emocionou um bocado".